domingo, 18 de março de 2012

PERIGOSAS JURÁSSICAS ENTRELINHAS


Li a matéria que reproduzo abaixo, e pensei duas coisas que gostaria de compartilhar aqui.

1.) Que tal avisar a Judith que brincar de casinha e de bonecas também ensina cooperação e a cuidar de terceiros?...

2.) Não deveríamos também esquecer a pergunta que não quer calar:
"Influenciar" para o quê?...
A insinuação é sobre o velhíssimo papo homofóbico?...
Quer dizer que se a questão é a dos meninos serem gays, ou bi, ou trans, teria havido uma "MÁ"
infuência?...
Não gostei nem um pouquinho dessa 'entrelinha-mal-oculta'...
Os caminhos das sexualidades são vastos... Eu, heim?!...

Para irritar os que ainda estão desequilibrados nas jurássicas entrelinhas citadas, aproveito para socializar esse link que o Hudson Ralf Martins me mostrou.
SENSACIONAL! Adorei a Tati (que encaminha a matéria super bem), e a jovem e brilhante Beatriz Rouce que é o MÁ-XI-MO!...
Cliquem em :
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=YV5l-s8Kkf8
Caminhos vastos, estética/estilística vasta...(ainda bem!...)
.

Foi quando um médico meu amigo, o Dr. Raymond Burke, acrescentou através do Facebook:
3.) "E que tal brincar de medico?!"
- Morri de rir, claro!...

Espiem a matéria, e tragam suas próprias reflexões, ok?

12/03/2012: Opinião:
BRINCAR DE BONECA NÃO INFLUENCIA SEXUALIDADE DE MENINOS
(Por Judith Brito, executiva do UOL/SP desde a sua fundação)

"Recentemente enviei por e-mail ao meu filho João, hoje com 30 anos, o link que leva a um vídeo na Internet – um anúncio de camisinha – bem engraçado: a primeira cena é de um menino brincando com duas bonecas loiras, tipo Barbie. O pai observa, com ar de preocupação, e em seguida oferece enfaticamente ao garoto dois bonecos, tipo Falcon. O filho brinca um pouco com os novos brinquedos, mas em seguida aparece dormindo com as bonecas. O filme avança abruptamente para o futuro, e a última cena é de um belo rapaz – o antigo garoto – deitado e abraçado a duas loiraças de fechar o comércio.

Comentei com meu filho que aquele vídeo me fez lembrar de um episódio da infância dele: quando tinha uns 4 ou 5 anos, pediu-me uma boneca Barbie. Achei aquilo normal, como acharia se uma filha me pedisse uma bola ou um carrinho. O pai do João, no entanto, não concordou comigo, e para não polemizar, engambelei meu filho, que esqueceu o assunto. Eu sabia que o interesse dele era motivado pela enorme curiosidade sobre o corpo feminino, comum entre garotos. A Barbie chama a atenção por não representar um bebê, mas uma mulher que os homens classificariam como gostosa, com seios e quadris, embora um pouco magra para os padrões brasileiros. Já o tinha visto manusear essa boneca de uma amiguinha, com muito interesse.

Meu filho e eu rimos da história, da qual ele nem se lembrava mais. Para completar, disse que estava muito feliz por ele, agora adulto, ter encontrado "sua Barbie de verdade", a minha linda e querida nora. Acrescentei que, se no passado ele tivesse mostrado outro tipo de interesse sexual, eu o teria apoiado da mesma forma. Para não perder a piada, ele protestou: "e só agora você me fala isso"?

Interessante que o episódio se repetiu com o Mateus, meu filho menor, 20 anos mais novo. Lá pelos 4 anos, ele também mostrou interesse pela Barbie. Ser mãe mais velha e experiente tem suas vantagens, e desta vez a solução foi fácil: não precisei partilhar o assunto com o pai do Mateus, já que foi a babá quem "comprou" a Barbie para si própria. O Mateus pegou a boneca, despiu-a, apalpou-a à vontade, e a seguir deixou-a de lado, para sempre. Nunca mais deu a menor pelota para a pobre Barbie (homens, homens...). Claro, a curiosidade foi saciada, e pronto. Sem medo de ser feliz.

Como diz o Mateus, hoje com 10 anos, a vida não é fácil. Mas – acrescento eu – às vezes a gente a complica ainda mais. Importante é criar meninos e meninas que saibam usufruir, com muito respeito ao próximo, da afetividade que faz a vida valer a pena. O resto, bem, o resto é detalhe."

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