Com
mais uma imagem de David Palumbo, 'Terrible weakness', a notícia que só
não revela que dentro dessa estatística há OUTRA; a maioria dos mortos é
de meninos-homens.
Os colegas psis junguianos
podem 'fazer a festa' com essa imagem que parece remeter a uma 'ANIMA'
perversa, adoentada e adoecedora; se eu estiver equivocada (adoro Jung
mas não junguiana) me corrijam; vou adorar aprender mais e melhor...:
"Onde os jovens morrem - Estudo mostra que homicídio de jovens com até
19 anos cresceu 376% desde 1980; Alagoas tem a maior taxa do país
Por AFONSO BENITES p a FdSP hoje:
"Era 26 de março de 2010 quando Rafael Souza de Abreu, 16, virou mais um número para pesquisadores de segurança pública.
Nessa data, ele foi morto com oito tiros perto da casa de um amigo em Santos (SP).
Segundo seu pai, o operador portuário José de Abreu, e a Promotoria, o
rapaz foi confundido com um ladrão de uma loja de roupas e foi morto em
represália a um furto que não praticou.
Assim, ele passou a ser
um dos 8.686 adolescentes e crianças assassinados naquele ano e
engrossou a lista que, desde 1980, aumentou 376%. No mesmo período,
entre 1980 e 2010, os homicídios como um todo cresceram 259%.
Os dados são do "Mapa da Violência 2012 - Crianças e Adolescentes do Brasil", pesquisa que será lançada hoje.
O levantamento analisa as informações do Ministério da Saúde sobre as
causas das mortes de pessoas entre zero e 19 anos de idade.
O
ritmo de crescimento da morte entre jovens é constante. Em 30 anos, só
teve queda quatro vezes. Nos demais aumentou entre 0,7% e 30%.
Um dado que chamou a atenção do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz,
coordenador da pesquisa, foi quanto os homicídios de jovens representava
no total de mortes. Em 1980, eles eram pouco mais de 11% dos casos de
assassinato. Já em 2010, 43%.
"Os homicídios de jovens
continuam sendo o calcanhar de aquiles do governo. Esse aumento mostra
que criança e adolescente não são prioridade dos governos", disse.
Entre os Estados em que houve maior aumento dos assassinatos de jovens
estão Alagoas, com uma taxa de 34,8 homicídios por 100 mil habitantes,
Espírito Santo (33,8) e Bahia (23,8).
Segundo Waiselfisz, vários fatores influenciam o aumento em determinadas regiões. Um deles é a interiorização dos homicídios.
"Antes, a maior parte dos crimes acontecia nos grandes centros. Agora,
com a melhor distribuição de renda, houve uma migração da população e os
governos não conseguiram implantar políticas públicas para acompanhar
essa mudança", disse.
Os Estados que apresentaram as menores taxas foram Santa Catarina, (6,4), São Paulo (5,4) e Piauí (3,6).
Para Alba Zaluar, antropóloga da Universidade Estadual do Rio, os dados
devem ser analisados com "cuidado", já que entre 2002 e 2010 houve uma
melhora na qualificação das estatísticas sobre mortes. Ou seja, casos
que antes constavam como "outras violências" nos dados oficiais passaram
a ser homicídios.
"É muito complicado falar do aumento de mortes por agressão no Brasil como um todo", afirmou Zaluar.
Waiselfisz diz que a pesquisa aponta que os problemas existem e serve
de alerta para governos tentarem reduzir o índice, que já incluiu o
assassinato do jovem Rafael.
Em tempo: quatro pessoas, sendo três policiais, foram acusadas pela morte do adolescente. Mas o julgamento ainda não aconteceu."
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