terça-feira, 30 de agosto de 2016



Feliz por ver um representante das Masculinidades falando autonomamente; daí eu preferir mostrar o texto que comentá-lo:
Texto de Nando Araújo (na foto)

"Entenda que dizer que um problema afeta, na maioria das vezes, os homens, não significa que ele não afeta as mulheres. Essa relação de anulação maluca de vocês é um erro.
Agora querem dizer que suicídio não é um problema majoritariamente do gênero masculino e vem argumentar com a mesma lógica de quem chega pra dizer que violência doméstica não é um problema do gênero feminino, porque existem alguns homens que também sofrem com ela. Em ambos os casos é preciso entender que o problema afeta uma parcela específica da população com mais frequência (não com EXCLUSIVIDADE) para tentar encontrar uma maneira de reduzir sua incidência. No caso do suicídio, por exemplo, tem o recorte claro de gênero, mas também dá pra traçar outros importantes, como idade, classe, raça, orientação sexual... todos eles são importantes para entender que o problema pode surgir por razões específicas, dependendo do recorte, MAS NENHUM RECORTE ANULA O OUTRO.
Eu entendo a preocupação das feministas em lembrar que mulheres se matam. Eu, como ativista LGBT, também poderia fazer isso, já que a taxa de suicídio entre jovens é muito mais alta se o jovem for LGBT. Mas no quadro geral os homens se matam mais (assim como matam uns aos outros), então é preciso reconhecer que esse problema (que é de gênero) existe sem tentar fazer disso uma competição. Gastem essa energia pra estudar esse assunto tão sério ao invés de ficar brigando por aqui. Ele pode estar bem mais perto de você do que você imagina. Cuidemos uns dos outros ao invés de brigarmos."


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