quarta-feira, 8 de outubro de 2008

ENQUANTO DESENVOLVO UM TEXTO SOBRE IDENTIDADE E CRISE ECONÔMICA...

...EM TEMPO :

PARABÉNS, PEDRO CARDOSO!
E OBRIGADA!

Espero que muita gente reflita sobre o teu
oportuníssimo discurso(*), que me lavou a alma...

Quem fizer cara e fala de quem "não entendeu do quê você
está falando", OU é MUUUUUITO ignorante (a ponto de não saber distinguir um legítimo momento de liberdade criativa, de OUTROS com teor de irresponsáveis autoritarismos invasivos), OU está se fazendo de bobo em interesse próprio...

JOVENS ASPIRANTES AO UNIVERSO DA ARTE:
INVASÃO DA SUBJETIVIDADE ALHEIA NÃO É "EXERCÍCIO"
NEM "CRIATIVIDADE", e muito menos ARTE!...

NINGUÉM SABE O LIMITE DO OUTRO.
NÃO PERMITA QUE O TEU LIMITE ACABE NAS MÃOS DA
IRRESPONSABILIDADE INVASIVA DE QUEM QUER QUE SEJA;

CUIDADO COM OS ARGUMENTOS MELÍFLUOS que tentem
comprar o teu (legítimo) desejo de "começar" ou de "brilhar"!...

ESSE debate (que o Pedro deflagrou, consciente disso ou não), somado ao debate do CORPORATIVISMO OPORTUNISTA (que freqüentemente abate a classe cultural) são - SIM - debates mais-que-em-boa-hora chegados.

O DEBATE NÃO É "FICAR-PELADO-OU-NÃO"; só os corporativistas e/ou os muito "burrinhos" (é, ambos abundam no universo dito cultural) vão tentar apequená-lo, banalizá-lo assim...

Meu humor costuma ser imbatível, mas não aguento mais ver e ler piadas que insinuam que o Pedro está querendo debater "ficar-ou-não-pelado"; muitos desavisados vendo isso, se posicionam preciptadamente como se fosse essa a questão, e nem ficam sabendo (nem se preocupam com) QUANTA coisa se poderia (deveria?) pensar e discutir a respeito...

(*) Quem quiser ler o que o rapaz realmente escreveu e disse, procure o BLOG do novo filme de Domingos de Oliveira ("Todo Mundo Tem problemas Sexuais") no Google...

ILUSTRAÇÃO : LYGIA CLARK : "Nostalgia do corpo - Objetos Relacionais" - 1965

Um comentário:

(A)tormentos Singulares disse...

É o que eu digo sempre: respeitar nunca é demais!
Eu não acredito que o ator é 100% "outro" o tempo todo. Tem dias, que em momento algum.
Uns levam para o palco a arrogância, outros a gentileza, alguns outros, o pudor.
O que se deve ter é bom senso e bom gosto na arte e, principalmente, respeitar o profissional.
É tão simples quanto lavar as mãos. Mas para alguns, parece ser tão complexo como lavar as costas.