quinta-feira, 15 de julho de 2010

ONDE FICA A ESCOLA DE PATERNAGEM?...


Em casa ou no Mundo, mesmo após a Modernidade ou a Pós-Modernidade (blá blá blá), o modelo patriarcal (excludente, vertical, autoritário, blá blá blá) é majoritário. AINDA.
Não há onde a imensa maioria dos meninos-homens desenvolvam o aprendizado das capacidades empáticas, cuidadoras, e (por que não?) estéticas! Afinal, alguém ainda consegue negar que o culto ao Belo e/ou ao lúdico, e o contato com ele(s) enternece, e estimula a criação?....
Em casa meninas tem suas cinestesias acolhidas e aplaudidas, seu choro tolerado e compreendido, brincam de casinha e de boneca - aliás muitos de seus jogos independem de ‘vencê-los’ autoritariamente (são antes jogos para entreter que para ‘ganhar’, como pular-corda por exemplo) - podem se dedicar à Arte sob olhares no mínimo orgulhosos. Tocar, acolher, cuidar, ajudar, cultuar o prazer e o Belo, (e talvez por tudo isso ) criar, tornam-se ainda tendenciosamente ‘o seu universo’.
E os meninos?... Sem comentários...Muitas vezes até o riso lhes é desestimulado, (não bastasse o famoso e nefasto 'homem-não-chora') sendo o próprio humor e o riso tidos (excludente, vertical e autoritariamente, claro) como ‘coisa de crianças, bobos, loucos e mulherzinhas’...
Foi diferente com os pais-homens destes meninos?... Entre os avós-homens e seus pais?... Entre todos estes, e seus (atualmente RARÍSSIMOS!) professores-homens?... Com as inúmeras autoridades (ainda patriarcalmente) envolvidas com o poder decisório no universo da Educação?... Na escola, quando Pensar se evidencia como superior a Sentir, o que é reforçado? Em que ombros o que é reforçado cai com maior peso? Não precisamos ‘pensar muito’ para comparar a situação de meninas e meninos, e imaginar múltiplas respostas.
Se o aprendizado do Sentir é tão frágil, ralo, e/ou escasso, se isso é especialmente direcionado ao contingente dos meninos-homens, que oportunidades restam para o aprendizado/treinamento da RESPONSABILIDADE (inclusive, no mínimo, a possível futura, paterna)?...
Afirmar “-Eu não sou assim”, ou “-Na minha casa não é assim” não é suficiente; somos todos responsáveis não só por filhos sanguíneos ou equivalentes, mas sim por todos os nossos descendentes do Mundo; e se vemos que “em volta” muita coisa não melhorou, é nossa responsabilidade (ao menos) PENSAR/SENTIR (n)isso.

3 comentários:

Jaime Guimarães disse...

E qualquer emoção era e ainda é reprimida. Aqueles meninos que ousavam demonstrar alguma sensibilidade recebiam e recebem um "isso não é coisa de homem" - mais cruel é na adolescência, quando os termos "bicha" e "viado" surgem e surge também a necessidade de ser " o pegador".

Complicado, mesmo na sociedade pós-moderna ou da informação ou do conhecimento ou da contemporaneidade ou...não importa: ainda prevalecem os rótulos de sempre.

Bjs!

rosane chonchol disse...

meu filho parece uma mãe com as crianças, fica babando o tempo todo e
faz todos serviços domesticos possiveis
só fala: meu amor para cá e para lá

bjs Rosane Chonchol

Anônimo disse...

oi, Corretissimo, homem Chora "Sim", e todos somos responsaveis pelos " eus" q propagamos e recebemos, o resultado do comportamento coletivo, esta ai..rs, Individualidade, e pouco Patriotismo e Viva o Brasil.
Ass: Nobre/MT.